Você já deve ter ouvido falar no Jogo do Bicho. Ou se nunca ouviu falar nele, já ouviu acerca de termos que derivam dele, como “deu zebra” e a associação do número 24 à homo afetividade. O que talvez você não saiba é: quando os animais viraram loteria? Por que o Rio de Janeiro é tão associado à prática do Jogo do Bicho? A resposta desta e outras perguntas reside, como na maioria das perguntas da humanidade, na origem do objeto questionado.
No caso do Jogo do Bicho, sua origem de fato explica tudo. A brincadeira foi criada no Século XIX, há mais de 120 anos. O objetivo era arrecadar fundos – da mesma maneira que você faz com a rifa do 3º ano do Ensino Médio ou do último ano da faculdade – para o Zoológico do Rio de Janeiro. À época, as finanças dele estavam bem fracas e havia uma alta possibilidade de fechar as portas do Zoo.
Funcionava da seguinte forma: na compra de um ingresso para visitar o zoológico, o visitante recebia um cupom que continha 25 animais. Ao final do dia, antes do fechamento, era realizado um sorteio e o prêmio era até 20 vezes o valor do bilhete. Embora antes restrito apenas à entrada do Zoo, em 1894, dado o sucesso da brincadeira, tornou-se possível comprar vários bilhetes. Isso motivou o surgimento do bicheiro, que os vendia pelo Rio.
Hoje o Jogo do Bicho saiu do zoológico e do Rio de Janeiro e se espalhou por todo o Brasil. Atualmente existem até mesmo serviços na internet que permitem que se possa conferir aposta online. A premiação, embora não tão alta quanto na Mega-Sena, é relativamente alta se considerarmos as probabilidades. O retorno máximo é de 4 mil vezes o investimento original (a aposta mínima é de R$ 1,00).