Um número cada vez maior de profissionais faz uso das redes sociais no ambiente corporativo. Essa interação com o mundo exterior, muitas vezes realizada à revelia dos CIOs, exige uma nova postura das organizações no que diz respeito a processos e à segurança da informação. “É um movimento anárquico”, considera o sócio da consultoria PriceWaterhouseCoopers, Edgar D’Andrea, ao apontar o nascimento de muitas ações nas áreas de marketing e negócios. “E a TI está atrasada”, acredita David Reck, diretor da agência brasileira de comunicação digital Enken.
A ausência dos executivos de tecnologia da informação nas iniciativas, de acordo com D´Andrea, traz riscos ao desempenho e à segurança das organizações. O consultor não é contra as redes sociais, ao contrário. Para ele, ambientes como Orkut, Twitter, Facebook e LinkedIn vão promover um avanço no mercado e são instrumentos importantes para a coleta de informações, aproximação de parceiros e de consumidores e como forma de indicar caminhos para a melhoria de processos.
“As redes têm essa riqueza do cliente final”, reconhece o consultor. “Posso perceber pelos comentários dos consumidores que a embalagem do meu produto é uma maravilha do ponto de vista logístico, mas que não funciona para o usuário”, exemplifica D´Andrea. O problema, adverte o especialista, está na falta de percepção do impacto e do poder dessas ferramentas.
A advogada especializada em direito digital Patricia Peck, sócia-fundadora do escritório Patricia Peck Pinheiro, cita o caso de um executivo que, inadvertidamente, publicou na rede social críticas a um colega de trabalho responsável pela área de compras. No comentário, ele chamava o profissional de ‘sovina’ e o acusava de ‘negociar centavos’. O que, segundo a especialista, gerou transtornos com os fornecedores da empresa.
Outra situação clássica nos ambientes virtuais que pode criar problemas para a organização e para o profissional envolvido é quando alguém busca os grupos de discussão online para tirar dúvidas de vulnerabilidades técnicas. Ao expor o problema da empresa, a pessoa facilita o ataque de hackers, ao mesmo tempo em que pode ser demitido por justa causa, pelo fato de divulgar situações ocorridas dentro da companhia na internet.
O conteúdo completo dessa matéria pode ser acessado na edição impressa da CIO.
Fonte: http://cio.uol.com.br/gestao/2010/03/29/redes-sociais-a-ti-esta-atrasada-no-assunto/
