O novo game de tiro da série Medal Of Honor permite que o jogador seja um soldado Talibã no modo multijogador e, mesmo antes de seu lançamento em outubro, já levanta polêmicas.
A rede norte-americana Fox News apresentou as opiniões de uma mãe que teve seu filho morto em combate no Iraque sobre o novo game da Eletronic Arts. “Famílias enterrando seus filhos estarão vendo e jogando isso”, afirma Karen Meredith sobre o novo game Medal Of Honor.
No game, que leva a aclamada série de tiro em primeira pessoa para o cenário de guerra moderno, os jogadores poderão se dividir entre soldados norte-americanos e combatentes talibãs no modo multiplayer. Segundo a Eletronic Arts, “os jogadores entrarão nas botas desses guerreiros e aplicarão suas técnicas únicas em um novo inimigo no mais impetuoso e hostil campo de batalha do Afeganistão”.
Na entrevista para a Fox News, Karen afirma que há uma diferença entre rever conflitos passados, como nos outros títulos da série, que se passavam na segunda guerra mundial, e reproduzir guerras ainda em curso onde “pessoas estão morrendo”.
Em uma declaração oficial, a Eletronic Arts rebate as acusações afirmando que “fazemos isso desde os sete anos – se alguém é o policial, outro tem que ser o ladrão. No multiplayer de Medal of Honor, alguém tem de ser o Talibã”.
Questões éticas relacionadas a games não são novidade, principalmente nos games de tiro em primeira pessoa. No Brasil, o game Counter-Strike chegou a ter sua venda proibida pela justiça.

