O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) abriu uma investigação antitruste contra o serviços iTunes, da Apple, de acordo com uma matéria publicada no New York Times, nesta terça-feira (25/5).
A investigação está nos estágios iniciais e os investigadores do DOJ já entraram em contato com grandes gravadoras e empresas de música on-line. O jornal não informou a fonte da informação.
Outras reportagens, feitas pelo jornal Wall Street Journal e pela CNET também disseram que fontes anônimas confirmaram a história do jornal nova iorquino.
De acordo com as três notícias, as questões levantadas pelo DOJ não podem levar a um inquérito formal, sendo justificada a necessidade de uma investigação mais profunda.
Essas denúncias resultam da pressão que a Apple teria colocado nas gravadoras por elas apoiarem uma promoção feita pela Amazon.com – que também vende música digital – permitindo acesso exclusivo a algumas músicas.
Apelidado de “MP3 Daily Deal”, a promoção, que ocorreu em março, provocou atritos entre a Apple e as grandes corporações musicais, de acordo uma notícia publicada no último mês na Billboard, revista americana de música. Apple e do DOJ não estavam disponíveis para comentar o caso, na noite dessa terça-feira.
No início deste mês, o jornal New York Post publicou que o DOJ e a Federal Trade Commission (FTC) estavam investigando as acusações da Adobe sobre a decisão da Apple, em abril, de proibir o uso de compiladores de plataforma cruzada, incluindo o pacote com o Adobe Flash Professional CS5, em aparelhos como o iPhone e o IPad .
Especialistas antitruste, no entanto, disseram que a ação das agências não teria sucesso, porque a Apple não exerce um grande domínio ou mesmo monopólio no mercado de telefonia móvel. No entanto, a situação é diferente na área da música. Com o iTunes a Apple é o jogador dominante, e é responsável por quase 70% do total das vendas digitais, de acordo com os últimos dados da NPD Group, empresa de pesquisa de mercado.
Anteriomente, a Apple teve de se defender contra as acusações de antitruste na justiça, em 2008, quando a fabricantes de clones de Mac Psystar tentou convencer um juiz federal de que a Apple tinha um monopólio de hardware, ano não permitir que outros equipamentos rodassem o Mac OS X. A Aple também enfrentou acusações antitruste na Europa, onde os reguladores pressionaram sucessivamente a companhia para baixar os preços cobrados pelo iTunes no Reino Unido, igualando aos preços cobrados em outros 16 países da União Europeia. Em contrapartida, a União Europeia encerrou sua investigação antitruste.